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O Carcinoma Gástrico, habitualmente, não se torna sintomático até que exista doença extensa. Os sintomas precoces são inespecíficos, como perda de peso, náuseas, vómitos, anorexia e fadiga.
Níveis séricos de CEA e CA 19-9 encontram-se frequentemente elevados em casos clínicos de Carcinoma Gástrico, no entanto apenas um terço dos pacientes apresenta níveis anormais. O recurso aos marcadores tumorais é determinante no diagnóstico e monitorização de carcinomas e o CA 72-4 é específico para despiste dos casos clínicos de Carcinoma Gástrico e para acompanhar a evolução e resposta a tratamentos. O valor de referência é de 6,9 U/ml e a taxa de falsos positivos é cerca de 2%. Existe uma correlação entre o estágio da doença e os níveis séricos de CA 72-4. Após a cirurgia, os níveis de CA 72-4 voltam ao normal e assim permanecem nos casos em que não existe mais tecido tumoral. Com a combinação dos marcadores tumorais CA 72-4 e CEA atinge-se uma sensibilidade de cerca de 72% no despiste desta neoplasia.
A Endoscopia Digestiva é igualmente um exame de despiste do Carcinoma Gástrico, cuja sensibilidade ronda os 85%, dado que permite realizar a biópsia de áreas suspeitas da mucosa gástrica e assim realizar uma avaliação histológica da lesão.
Com recurso a um tubo fino e iluminado, o gastroscópio, o médico observa diretamente o interior do estômago, tendo assim a possibilidade de remover algum tecido para a realização da Biópsia. O médico patologista clínico irá examinar o tecido ao microscópio de forma a despistar a presença de células cancerígenas.
O Carcinoma Colorrectal é uma das neoplasias mais comuns e o diagnóstico precoce constitui um passo importante para a diminuição da elevada taxa de mortalidade associada. Os sinais e sintomas dependem da localização e tamanho do tumor. A avaliação através da colonoscopia é o método preferencial no diagnóstico desta neoplasia, mas a medicina laboratorial, através da pesquisa de sangue oculto nas fezes é fundamental no despiste da mesma. Se positivo é aconselhável realização de uma colonoscopia. Por sua vez o Antígeno Carcino-Embrionário (CEA) é um marcador tumoral de elevada especificidade para o Carcinoma Colorrectal, que tem todo o interesse no acompanhamento deste tipo de cancro diagnosticado por biópsia prévia, bem como na monitorização terapêutica e pós cirúrgica.
O Antigénio Carcino-Embrionário (CEA) é uma glicoproteína produzida na maioria dos casos em células de Carcinoma Colorrectal, entra na corrente sanguínea e é o marcador mais utilizado neste carcinoma, pois o seu nível sérico apresenta boa correlação com o desenvolvimento tumoral. É também um indicador para outros cancros como o do pâncreas, da mama e do pulmão.
Como valores de referência devem ser considerados: indivíduos do sexo masculino não fumadores: até 3,4 ng/ml; fumadores: até 6,2ng/ml e indivíduos do sexo feminino não fumadores até 2,5ng/ml e fumadores até 4,9ng/ml. Níveis elevados são frequentemente encontrados em 65% dos pacientes com Carcinoma Colorrectal, no momento do diagnóstico. Valores aumentados podem igualmente ser fundamentados por outras situações clínicas como inflamações e infeções, úlceras, cirrose hepática, cancro da mama ou do pulmão e em casos onde o paciente tenha sido submetido a uma cirurgia, radioterapia ou quimioterapia, que podem gerar elevações transitórias dos níveis de CEA.
Em cada caso clínico de Carcinoma Colorrectal diagnosticado com o Antigénio Carcino-Embrionário e confirmado com a biópsia, existe uma taxa de 250 falsos-positivos.
Nos pacientes com cancro, verifica-se um crescimento autónomo do tecido devido à ação de um carcinogénio, que pode ser de natureza física, química ou biológica. As células neoplásicas tumorais podem ser, em quantidade elevada, proteínas que são usadas em laboratório como marcadores tumorais
Um marcador tumoral é uma substância usada como indicador de malignidade, que passa de células neoplásicas ao sangue, urina e tecidos biológicos. Existem diversos marcadores tumorais, cada um indicativo de um processo patológico diferente e são usados em Oncologia para detetar a presença de um cancro e respetivo volume e estádio, bem como detetar recidivas e avaliam e monitorizam a terapêutica.
Um marcador tumoral ideal deverá ser específico do respetivo tumor, libertado proporcionalmente ao volume do tecido tumoral, detetável num estádio precoce da doença e doseável com fiabilidade. No entanto, como não existe em substância ideal, o valor diagnóstico de um marcador tumoral depende da sua especificidade e sensibilidade. O marcador será tanto mais específico quanto mais baixa for a probabilidade de fornecer um resultado falso positivo e tanto mais sensível, quanto maior for a probabilidade de fornecer resultados positivos nos casos confirmados de tumor.
Do ponto de vista bioquímico, os marcadores tumorais são geralmente proteínas ligadas a hidratos de carbono ou a lípidos, que se comportam como antigénios. Um antigénio é uma substância estranha ao organismo e reconhecida pelo sistema imunitário para ser destruída. Os antigénios libertados no sangue por alguns cancros são detetados mediante análises ao sangue por técnicas laboratoriais que utilizam anticorpos que reconhecem especificamente os antigénios tumorais originando um eventual alerta da existência de tumor.
As análises clínicas ajudam a determinar se o tratamento de um cancro é eficaz. Se o marcador tumoral desaparece do sangue, a terapêutica provavelmente foi eficaz. Se o marcador desaparece e mais tarde reaparece, o cancro possivelmente reapareceu.
Eis os principais marcadores tumorais considerados em Oncologia:
Todos estes marcadores podem estar elevados em doenças benignas. Por isso apenas são utilizados como método de despiste em população de risco.
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