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Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (aPTT)

por Laboratórios Germano de Sousa, em 03.08.23

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À semelhança do Tempo de Protrombina, o Tempo de Tromboplastina Parcial ativada (aPTT) avalia o funcionamento dos fatores de coagulação e mede o tempo necessário para a formação de um coágulo de sangue.

O valor de referência do aPTT, para uma pessoa saudável, deve variar entre os 23 e 40 segundos. O resultado desta análise está aumentado em várias patologias nomeadamente, na Hemofilia (défice de fator de coagulação), na Doença de von Willebrand e na presença de anticoagulante lúpico.

Na Hemofilia A o fator de coagulação em défice é o fator VIII (manifestações clínicas variáveis), na Hemofilia B ou Christmas disease (manifestações clínicas variáveis) o fator em défice é o IX e na Hemofilia C (caracteristicamente, hemorragia algumas horas no pós-operatório ou após traumatismo) é o fator XI.

Nos doentes sob terapêutica com fármacos antitrombóticos (heparina e novos anticoagulantes orais de ação direta) os valores do aPTT estão, igualmente, elevados.

Por ser uma análise rápida e de fácil execução, faz parte das análises prescritas antes de qualquer intervenção cirúrgica ou em situações de hemorragias espontâneas sem causa aparente para despiste das principais doenças da coagulação.

 

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publicado às 12:11


Doença de Chagas

por Laboratórios Germano de Sousa, em 12.12.22

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A Doença de Chagas é uma doença tropical parasitária causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida principalmente por insetos da subfamília Triatominae.

Apesar de ser uma doença endémica na América Latina, os fluxos migratórios têm contribuído para a sua disseminação também na Europa. A Doença de Chagas é classificada pela Organização Mundial de Saúde como uma doença silenciosa e negligenciada, uma vez que é predominante em países de baixos recursos e existe muita falta de informação por parte da população sobre esta doença. Em Portugal residem comunidades oriundas de países onde a Doença de Chagas é comum. Estima-se que existam 900 casos clínicos da doença, a grande maioria sem sintomas e não diagnosticados. Os casos diagnosticados, principalmente na população brasileira residente, apresentam, geralmente, doença cardíaca grave.

Além da transmissão pela picada do inseto, pode ocorrer transmissão por transfusão de sangue, transplante de órgãos de um dador infetado e da gestante para o feto. O parasita Trypanosoma entra na corrente sanguínea, infetando diversas tipologias de células do organismo, incluindo as do sistema imunológico, coração, músculos e sistema nervoso. Uma vez no organismo, pode, durante vários anos, provocar danos na saúde do paciente, nomeadamente a nível cardíaco e intestinal, podendo mesmo ser fatal.

A Doença de Chagas ocorre em três estágios. Os sintomas da doença têm geralmente início uma a duas semanas depois da entrada do parasita na corrente sanguínea. Pode surgir um caroço vermelho e inchaço na ferida da picada e até mesmo febre. Na maioria dos casos clínicos, a sintomatologia do primeiro estágio da doença desaparece sem tratamento.

Durante o segundo estágio, os pacientes não manifestam sintomas da doença e os resultados do exame eletrocardiograma, dos exames de imagem do coração e do sistema digestivo apresentam um resultado normal. No entanto, o parasita está presente no organismo. Muitos pacientes permanecem neste estágio, diversos anos sem apresentar qualquer sintomatologia. Anos depois, desenvolve-se a Doença de Chagas crónica em 20% a 40% dos casos clínicos. Este é o terceiro estádio. As principais áreas afetadas são o coração e o sistema digestivo e intestinal.

Silenciosa e assintomática após a fase aguda, o paciente desconhece que está infetado e não procura assistência médica. Existem medicamentos que podem eliminar o parasita, impedindo a transmissão sanguínea e órgãos, a passagem do parasita da gestante ao feto e o desenvolvimento de doença grave. O diagnóstico laboratorial é imprescindível para identificar todos os portadores da infeção.

O diagnóstico da doença de Chagas aguda é realizado por microscopia ótica de esfregaços de sangue (finos ou espessos) ou através da metodologia PCR (apresenta elevada sensibilidade e especificidade) e ELISA.

Na fase inicial, caracterizada por elevada parasitémia, é possível um diagnóstico através do microscópio.

A metodologia ELISA recorre a partes deste protozoário para a pesquisa de anticorpos específicos circulantes no sangue. Os anticorpos são proteínas produzidas pelo sistema imunológico para ajudar a defender o corpo contra um ataque específico, incluindo o de parasitas.

 

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publicado às 11:55


Hipercolesterolemia Familiar

por Laboratórios Germano de Sousa, em 13.09.22

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A Hipercolesterolemia Familiar, geralmente designada de colesterol hereditário, é uma doença genética e hereditária, originada pela mutação no gene responsável pela remoção do colesterol LDL do plasma. A consequente acumulação de colesterol total e LDL no sangue (desde o nascimento) conduz ao aparecimento de aterosclerose e doenças cardiovasculares precoces. É uma doença autossómica dominante, de transmissão vertical de pais para filhos.

O diagnóstico precoce da Hipercolesterolemia Familiar é muito importante. O diagnóstico molecular é a única forma de confirmar a suspeita clínica da doença. Os doentes geralmente apresentam níveis elevados de colesterol LDL desde o nascimento, pelo que é recomendável que os pais portadores da doença levem os filhos a realizar o teste antes da idade escolar. Caso o teste apresente valores normais, não existe necessidade de preocupação posterior com a doença. Um diagnóstico atempado é essencial, pois alterações precoces na dieta e nos hábitos alimentares modificam as taxas de mortalidade e a morbilidade desta doença hereditária.

Para uma avaliação inicial do risco cardiovascular deve ser realizado o perfil lipídico bioquímico (lipoproteínas no sangue - colesterol total, LDL, HDL e triglicéridos) com elaboração da eletroforese das lipoproteínas e consequente caracterização fenotípica pela classificação de Fredrickson.

A completa caracterização por biologia molecular das hiperlipidémias primárias, realiza-se com o estudo das mutações no gene do recetor de LDL (LDLR) e da mutação no gene apolipoproteína B (ApoB). As mutações no gene do recetor do LDL (LDLR) impedem o catabolismo do pool de LDL diário, condicionando concentrações plasmáticas de LDL muito elevadas, que podem atingir o dobro ou triplo do normal. O estudo das mutações do gene LDLR é feito por sequenciação completa das regiões codificantes e do promotor do gene. Diversos estudos estabelecem uma incidência muito aumentada de doença coronária em indivíduos ainda jovens, heterozigóticos ou homozigóticos, com níveis muito elevados de LDL.

A mutação no gene apolipoproteína B (ApoB) está associado a Hipercolesterolemia, a risco aumentado de doença isquémica, de doença arterial periférica e a risco de hipertensão. O estudo da mutação no gene ApoB é feito por sequenciação do exão 26 podendo ser realizada a sequenciação completa das regiões codificantes e do promotor do gene.

Este estudo genético na área da Patologia Clínica torna-se, hoje em dia, cada vez mais a adequado à prevenção das doenças cardiovasculares, tanto mais se estivermos perante um cenário de Hipercolesterolemia Familiar, cujo diagnóstico precoce é da maior importância.

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publicado às 16:02


Dislipidémias: O que são?

por Laboratórios Germano de Sousa, em 12.08.22

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O termo Dislipidémia é utilizado para designar as alterações dos lípidos  (gorduras) no sangue, o que constitui um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, uma vez que estão na origem da aterosclerose. A aterosclerose é um processo no qual ocorre a acumulação progressiva e excessiva de gordura nas paredes das artérias, conduzindo à obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo afetando a irrigação de órgãos como o cérebro e o coração. A presença de uma Dislipidémia afeta a qualidade de vida, contribuindo para o espessamento e rigidez das artérias, sobretudo se não for devidamente acompanhada e tratada. A doença sendo assintomática pode evoluir para um enfarte do miocárdio ou para um acidente vascular cerebral.

Os lípidos (Colesterol, Triglicéridos e os Fosfolípidos) são importantes componentes do organismo humano e permitem a normal função das células, sendo também uma fonte de energia. Os Lípidos não circulam livremente no plasma. São transportados em partículas chamadas Lipoproteínas. Existem 5 classes de Lipoproteínas: Quilomicrons, VLDL (very low density lipoprotein), IDL (intermediate density lipoprotein), LDL (low density lipoprotein) e HDL (high density lipoprotein). O colesterol é transportado por dois tipos de lipoproteínas: de alta densidade (HDL ou "bom" colesterol) e as de baixa densidade (LDL ou "mau" colesterol). Os triglicéridos são transportados por lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL).

O método de Eletroforese das Lipoproteínas em gel de poliacrilamida (ELGP) é um exame que quantifica o colesterol (mg/dL) até 12 frações e subfrações de Lipoproteínas e é o único teste de diagnóstico aprovado pela FDA para a separação e quantificação das subfrações do LDL-C. Deve ser utilizado e valorizado no estudo das Dislipidémias da diabetes, do síndroma metabólico, na doença coronária, nos doentes com história familiar de Dislipidémia, doentes com “score” de cálcio coronário imagiológico elevado, bem como no controlo da terapêutica antilipemiante, especialmente avaliar a eficácia da terapêutica com Estatinas (reduzem os níveis de Colesterol total e o número de partículas de lipoproteínas) e a junção ou não de fibratos (alteram a distribuição das partículas: de pequenas e densas para as maiores e menos aterogénicas).

As subclasses LDL 1 e 2 (maiores e menos densas) são responsáveis pelo transporte do colesterol pelo corpo. A sua presença está associada a hipercolesterolémia. As subclasses LDL 3 até 7 (pequenas e densas) são facilmente oxidadas e promovem a doença cardiovascular. Níveis de colesterol LDL normais nem sempre são indicativos de baixo risco cardiovascular, dado que a presença das subclasses LDL 3 até 7 (pequenas e densas) representam um risco 3x aumentado para episódios cardiovasculares. A presença de lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) está associada a associada a hipertrigliceridémia.

Um excesso de lipoproteínas de baixa densidade é prejudicial para a saúde, ocorrendo o contrário com as de alta densidade, por serem capazes de remover o colesterol das artérias. Quando os níveis de colesterol LDL (ou "mau" colesterol) e de triglicéridos no sangue são muito elevados, aumenta o risco de aterosclerose e de obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo que chega ao coração e ao cérebro.

As Dislipidémias podem na sua grande maioria ser controladas com alterações no estilo de vida, nomeadamente através da alimentação e da prática exercício físico regularmente.

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publicado às 13:04


Doenças Cardiovasculares

por Laboratórios Germano de Sousa, em 20.06.22

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As Doenças Cardiovasculares afetam o sistema cardiovascular, composto pelo coração e vasos sanguíneos, incluindo as artérias, veias e vasos capilares e são a principal causa de morte em Portugal. Existem diferentes tipologias de doenças cardiovasculares, sendo as mais frequentes a aterosclerose, as arritmias, a cardiomiopatia e a hipertensão arterial. As mais graves são as que afetam as artérias coronárias e as artérias do cérebro.

Na sua origem estão depósitos irregulares de gordura que se desenvolvem nas paredes das artérias, impedindo a normal circulação sanguínea no seu interior e a correta irrigação do coração. Assiste-se assim a uma insuficiência das artérias coronárias, os vasos sanguíneos encarregues de irrigar o coração, de proporcionarem ao músculo cardíaco, o miocárdio, os nutrientes e o oxigénio de que este necessita na sua atividade regular. A falta de oxigenação dos tecidos pode originar um enfarte. Nos casos clínicos de enfarte do miocárdio e de angina de peito, os depósitos de gordura surgem nas artérias coronárias, já nas situações clínicas de acidente vascular cerebral surgem nas artérias do cérebro.

A prevalência das Doenças Cardiovasculares causa impacto ao nível social, e económico, realçando a necessidade constante de prevenção destas doenças junto da população.

O nosso comportamento pode evitar e controlar a maioria das doenças cardiovasculares. É muito importante controlarmos um conjunto de fatores de risco como a hipertensão arterial, níveis de açúcar no sangue, níveis de colesterol e triglicerídeos, redução do consumo do sal, evitar a ingestão de bebidas alcoólicas e hábitos tabágicos, manter uma alimentação saudável e recorrer à prática de exercício físico.

Existem outros fatores de risco para o desenvolvimento das Doenças Cardiovasculares, estes não modificáveis, como o sexo, a idade e a genética, onde perante o histórico familiar destas doenças existe uma maior predisposição do paciente para o desenvolvimento das mesmas. 

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publicado às 15:32


Parasitoses Intestinais – diagnóstico laboratorial

por Laboratórios Germano de Sousa, em 23.02.22

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Nas parasitoses intestinais, os parasitas mais comuns são do grupo dos helmintos nematodes, com principal destaque para o Ascaris Lumbricoides, o Trichuris Trichiura e os Ancilostomas.

O Ascaris Lumbricoides tem maior prevalência em indivíduos malnutridos residentes em países com condições de saneamento básico precárias. A infeção ocorre por ingestão de vegetais ou fruta contaminada que não foi cuidadosamente lavada, descascada ou cozida. Os ovos infeciosos são ingeridos e as larvas iniciam um processo de migração, desde o intestino até aos pulmões. A obstrução intestinal alta é a complicação mais frequente. A migração dos vermes adultos através da parede intestinal pode provocar colecistite, pancreatite ou peritonite.

O Trichuris Trichiura é o terceiro parasita mais comum, sendo frequente em países com clima tropical e baixas condições sanitárias. Em infeções ligeiras o doente é geralmente assintomático. Nas infeções graves (sobretudo nas crianças) os sintomas mais frequentes são diarreia, desconforto abdominal e disenteria. Enquanto o parasita Ascaris Lumbricoides  habita o intestino delgado, o Trichuris Trichiura desenvolve-se no intestino grosso.

A Ancilostomose é uma parasitose intestinal, com quadro clínico predominantemente gastrointestinal, provocada pelos nematodes da família Ancylostomidae: Ancylostoma duodenale ou Necator americanus. A contaminação ocorre pelo contato direto da pele dos pés com o solo contaminado ou por ingestão acidental da larva presente no ambiente através de mãos contaminadas. Antes do verme chegar ao intestino os sintomas são leves. No local de penetração do verme na pele pode surgir uma erupção cutânea pruriginosa, seguida de febre, tosse, dor abdominal, perda de apetite e diarreia. As infeções crónicas graves podem causar perda de sangue e anemia que às vezes é grave o suficiente para causar fadiga e, ocasionalmente, insuficiência cardíaca.

O teste de pesquisa destes parasitas é realizado a partir de uma simples recolha de fezes em recipiente próprio, o que poderá ser feito com facilidade em casa pelo doente, sendo entregue posteriormente no Laboratório. O único requisito adicional é a exigência de se recolher três amostras de fezes, idealmente em dias alternados.

Em determinados casos é possível visualizar diretamente os parasitas nas fezes, o que facilita o diagnóstico. Nos restantes, é necessário apoio laboratorial. A observação ao microscópio de diferentes preparados de fezes permite a deteção dos ovos, quistos ou de parasitas. Com frequência, este tipo de exame tem de ser repetido em diferentes períodos de tempo, porque os parasitas apresentam ciclos de vida diversos e intermitentes.

Uma vez identificado o parasita que está na origem da infeção, o tratamento é simples e regra geral eficaz, conseguindo-se a eliminação do parasita na grande maioria dos casos clínicos.

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publicado às 17:13


COVID-19 ou Gripe sazonal?

por Laboratórios Germano de Sousa, em 13.10.20

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Painel Respiratório auxilia médicos na distinção das infeções

A disseminação Mundial do vírus SARS-CoV-2 (doença de COVID-19) tem colocado continuamente sobre enorme pressão os serviços de saúde a nível global. A transmissão pessoa a pessoa foi confirmada, mas a investigação prossegue para determinar perfis mutacionais, compreender se os anticorpos conferem alguma imunidade e analisar os diferentes quadros clínicos após a exposição ao vírus, ligados à genómica de cada doente.

Em Portugal, já foram declarados mais de 2000 óbitos por doença de COVID-19. No atual contexto em que ainda é elevado o número de casos positivos de SARS-CoV-2 no nosso país e com o regresso à normalidade por parte da população no que respeita às rotinas de trabalho e atividade escolar, a época da gripe vem criar novos desafios, em que as infeções gripais tipicamente comuns podem ser confundidas com o vírus de SARS-CoV-2, dada a sintomatologia semelhante.

O Painel Respiratório Biofire com 23 Alvos (19 vírus e 4 bactérias) que permite diferenciar a infeção por SARS-CoV-2 de outras infeções respiratórias sazonais integra o conjunto de testes que diariamente o Grupo Germano de Sousa disponibiliza à população nos seus postos de colheita. 

O Painel Respiratório Biofire fornece a resposta clínica em 24h após a sua realização. Executado de forma simples e rápida, através de zaragatoa nasofaríngea, despista 23 Alvos (19 vírus e 4 bactérias), apresentando uma sensibilidade global de 97,4% e uma especificidade de 99,4%. Despista a presença de SARS-CoV-2 ou outros vírus como o adenovírus, coronavírus 229E, HKU1, NL63, OC43, síndrome respiratória por coronavírus do médio oriente (MERS-CoV), metapneumovirus hum, rinovírus/enterovirus h, influenza A, A/H1, A/H3, A/H1 – 2009, B e parainfluenza 1,2,3 e 4. No que respeita a bactérias, despista a presença de bordetella pertussis e parapertussis, chlamydia pneumoniae e mycoplasma pneumoniae.

Assim, a patologia clínica vem dar resposta ao que clinicamente não é possível distinguir e nos casos clínicos negativos para SARS-CoV-2, saber qual o vírus/bactéria que está a causar aquele quadro clínico, assegurando um diagnóstico correto e de confiança, num período de tempo clinicamente relevante e um tratamento mais eficaz para o doente.

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publicado às 20:19


SARS-CoV-2: após a recuperação é possível voltar a testar positivo?

por Laboratórios Germano de Sousa, em 10.07.20

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Verifica-se que em alguns pacientes, após terem testado positivo ao SARS-CoV-2 (doença de COVID-19), passado uma ou duas semanas ou até mesmo um período de tempo superior apresentam novamente um resultado positivo.

Este novo teste positivo, não significa uma nova infeção, nem a reativação do vírus no organismo. Células do epitélio respiratório, mantêm fragmentos do RNA viral, já inativo, que podem permanecer semanas e até meses no organismo, mesmo após o paciente estar totalmente recuperado da doença. O RNA (ácido ribonucleico) intervém em diversas funções biológicas importantes como a codificação genética, a regulação dos genes e na resistência a vírus, através de um mecanismo designado por interferência de RNA (RNAi). Este processo é desencadeado por pequenas moléculas de RNA provenientes de RNA viral, de sequências codificadas no genoma e geram pequenos fragmentos de interferência de RNA capazes de mediar a resistência a vírus. 

Posteriormente inicia-se um processo de expulsão de células mortas e estes fragmentos emergem para as vias respiratórias superiores e são expelidos, sendo estes fragmentos pulmonares que surgem na amostra obtida do paciente e fazem com que o teste apresente mais uma vez um resultado positivo.

O exame de eleição para detetar a síndrome respiratória aguda grave - coronavírus 2 é o RT-PCR, teste de reação em cadeia da polimerase, exame a partir do qual são aumentados ou replicados segmentos diminutos de RNA, sendo assim bastante preciso para analisar o material genético do vírus, nas amostras recolhidas de secreções respiratórias dos doentes.

Estudos realizados revelam que além de desenvolver anticorpos contra o SARS-Cov-2, os pacientes recuperados produzem quantidades significativas de células T, células do sistema imunológico e também um grupo de glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo contra agentes desconhecidos, formando um complexo e eficiente mecanismo de combate à doença.

A maioria dos pacientes que tiveram COVID-19 têm menor probabilidade de ser reinfectados ou apresentar quadros graves da doença perante uma situação de segunda infeção.

À luz do conhecimento atual, não se sabe ainda se existe uma resposta imunológica definitiva do hospedeiro, após uma primeira infeção, e se este desenvolve imunidade suficiente para proteger de uma próxima exposição ao vírus, pelo que é de extrema importância manter as medidas de proteção recomendadas pela Direção Geral de Saúde isto é, manter o distanciamento no relacionamento pessoal, proceder à desinfeção e/ou lavagem frequente das mãos e evitar grandes ajuntamentos de pessoas.

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publicado às 16:43


Covid-19 Teste serológico rápido ou laboratorial? Qual a opção a tomar?

por Laboratórios Germano de Sousa, em 01.06.20

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Os testes de pesquisa aos anticorpos contra o SARS-CoV-2, são alvo de uma procura cada vez maior por particulares e empresas que recorrem aos laboratórios na procura desta informação que lhes permite perceber quem desenvolveu anticorpos contra a doença.

Os anticorpos IgM e IgG anti- SARS-CoV-2 são imunoglobulinas (proteínas) produzidas pelo sistema imunológico (linfócitos B) como defesa contra agentes estranhos ao organismo (vírus, bactérias, etc.) quando estes o invadem. O IgM aparece 4 a 6 dias após o início dos Sintomas e vai desaparecer com a cura e o IgG começa a ser produzido ao 10º/14º dia e mantem-se para além da cura e em algumas doenças virais mantêm-se longos anos presentes no organismo, nalguns casos a vida inteira como é o caso da varíola. No Caso do SARS-CoV-2, não se sabe que conferem imunidade ou que concentração é necessária para que essa imunidade seja eficaz. A julgar pelos outros Coronavírus benignos (3) que por aí andam e são benignos essa imunidade não durará mais do que alguns meses. Estamos a aprender.

A determinação por métodos quantitativos dos anticorpos IgM e IgG anti- SARS-CoV-2 serve para:

  • Verificar se um individuo que nunca teve sintomas foi anteriormente contagiado pelo vírus e embora  a doença se tenha desenvolvido de forma assintomática os anticorpos IgG elevados não só são a prova que a teve como que poderá eventual mente ter alguma imunidade se a concentração for muito elevada;
  • Se o doente teve a doença diagnosticada por um teste molecular (PCR R) e ou sintomatologia clínica própria do Covid-19, a presença de Anticorpos IgG, após a cura  tem o mesmo significado referido atrás; 3- se os anticorpos IgM e IgG são negativos, tal resultado pode significar duas coisas: ou  individuo nunca teve a doença, ou teve a doença mas o sistema imunológico não respondeu convenientemente.

Surge a questão: Qual o teste serológico mais eficaz a realizar: rápido (qualitativo) ou quantitativo, isto é, permitindo determinar a concentração dos anticorpos?

Os testes rápidos, geralmente divulgados pelas farmácias, são teste serológicos simples, qualitativos que pretendem indicar se o indivíduo foi exposto ou não ao SARS-CoV-2. Realizados a partir de uma picada no dedo para recolher uma gota de sangue, permitem obter resultados em cerca de 15 minutos. Porém, embora a bula Indiue uma sensibilidade e especificidade entre os 80%, na prática têm uma sensibilidade e uma especificidade menor e deixam passar muitos positivos dando origem uma grande quantidade de falsos negativos.

É, pois, necessário recorrer a um teste mais complexo, a partir de uma amostra de sangue, para determinar a quantidade desses anticorpos. Este é procedimento realizado nos laboratórios do Grupo Germano de Sousa com o teste serológico Ac. SARS-CoV-2 IgG e IgM. Trata-se de um imunoensaio por quimioluminescência in vitro (CE-IVD), para identificação, que permite a determinação quantitativa de anticorpos das classes IgM e IgG para o novo coronavírus (SARS-CoV-2), em plasma ou soro humano. Apresenta uma sensibilidade clínica de 98,5%. Garante assim resultados quase a 100% e fornece uma resposta certa do número de anticorpos que desenvolvemos.

Nenhum dos testes deve ser usado para o diagnóstico da infeção aguda por SARS-CoV-2 (COVID19), em que o único teste validado é realizado por técnica de Biologia molecular (RT-PCR).

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publicado às 11:25


Dia Mundial do Cancro: A ONCOLOGIA DE PRECISÃO

por Laboratórios Germano de Sousa, em 06.02.20

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O número de casos de cancro tem vindo aumentar, mas são cada vez mais os casos de sucesso. Mais de 400 000 portugueses já sobreviveram à doença. Os avanços na área da medicina de precisão, focada em encontrar o tratamento certo para cada doente, têm contribuído para que todos os anos o diagnóstico e tratamento do cancro apresentem significativos avanços.

É através dos testes genómicos que se identificam as alterações genéticas que desencadeiam a doença. Obtendo o máximo de informação sobre a genética do individuo e do tumor, podemos otimizar o seu diagnóstico e tratamento individualizado.

O Grupo Germano de Sousa tem especialistas em oncogénica, sendo o parceiro do seu médico para o diagnóstico e tratamento através da Ophiomics que aposta em oferecer ao médico apoio para a implementação de uma medicina de precisão, que lhe permita trabalhar com os seus utentes na escolha de estilos de vida adequados ao seu património genético, definir estratégias de deteção precoce da doença, implementar terapêuticas personalizadas e acompanhar a resposta terapêutica.

Na Ophiomics do Grupo Germano de Sousa a nossa experiência Genómica, Bioinformática e Médica, em conjunto com a nossa infraestrutura tecnológica, permite-nos oferecer mais e melhor informação ao médico, em tempo útil para a decisão clínica. Atuamos na área das doenças crónicas, incluindo a doença oncológica, oferecendo testes baseados na sequenciação de ADN, extraído a partir do sangue no contexto de sequenciação de genes e painéis de genes enquadrados em estudos de suscetibilidade, deteção precoce e estudos de resposta terapêutica, e a partir de biópsias de tumores sólidos (frescos/parafina) nos testes de farmacogenómica.

 

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publicado às 19:37


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Médico Responsável:Dr. José Germano de Sousa

germano Nasceu em Lisboa em 1972. É Médico pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa desde 1997. Fez os seus Internatos no Hospital dos Capuchos (Internato Geral) e no Hospital Fernando Fonseca (Internato da Especialidade). É especialista em Patologia Clínica pela Ordem dos Médicos desde 2001.Possui uma pós-Graduação em Gestão de Unidades de Saúde pela Universidade Católica Portuguesa. Foi Assistente de Patologia Geral e de Semiótica Laboratorial nos Cursos de Técnicos de Análises Clínicas e Curso de Médicos Dentistas do Instituto Egas Moniz. Exerce desde 2001 a sua atividade privada como Administrador do Grupo Germano de Sousa, Assistente Hospitalar Graduado, Competência em Gestão, O.M., Assistente convidado na Unidade Curricular de Medicina Laboratorial da Nova Medical School - Faculdade de Ciências Médicas da U.N.L., Responsável do Laboratório de Biologia e Patologia Moleculares - Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa Lisboa. Tem várias comunicações e publicações sobre assuntos da sua especialidade


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