A alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico a uma substância estranha ao organismo (alergénio).
Os doentes alérgicos ou “doentes atópicos” caracterizam-se pela produção aumentada de um tipo de proteínas, as imunoglobulinas E (IgE), que reagem e são específicas para os alergénios. Estas IgE recobrem células, ricas em substâncias que provocam os desagradáveis sintomas alérgicos e que são libertadas quando os alergénios entram em contacto com aquelas proteínas.
Feito o diagnóstico clínico, impõe-se descobrir qual ou quais os alergénios em causa. Neste sentido, o médico recorre a testes de provocação (prick tests), verificando qual a reacção da pele do doente face a alergénios suspeitos e quase sempre pede confirmação ao Patologista Clínico que doseia e identifica as IgE específicas para os alergénios em questão mediante testes especiais (Rasts).
Os testes de provocação (também designados testes prick), são testes em cujo composição se encontram alergénios resultantes de extractos (que podem ser impuros) e que são executados na pele do doente, pela inoculação de uma quantidade determinada desse alergéneo, medindo depois a grau de reactividade obtido, pela dimensão da pápula que se formou. São executadas várias inoculações de diferentes alergéneos no antebraço do doente, é necessário aguardar uns dias para observar a reacção e depois é necessário voltar à consulta para a avaliação e correspondente eventual diagnóstico. Podem provocar reacções incómodas e não devem ser utilizados em crianças com menos de 4-5 anos, pois não dão resposta credíveis.
Os testes de ISAC, são compostos por moléculas recombinantes que entram na composição dos alergéneos e que se sabem ser a causadoras dos sintomas. Alguns deles estão presentes em mais do que um alergéneo. Implicam a recolha de amostra de sangue e após alguns dias, a obtenção de resultado que será e deverá ser compreendido pelo imunoalergologista.
Nasceu em Lisboa em 1972. É Médico pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa desde 1997. Fez os seus Internatos no Hospital dos Capuchos (Internato Geral) e no Hospital Fernando Fonseca (Internato da Especialidade). É especialista em Patologia Clínica pela Ordem dos Médicos desde 2001 e é atualmente Assistente Graduado de Patologia Clínica do Serviço Patologia Clínica do Hospital Fernando Fonseca (Amadora Sintra) onde é o chefe da secção de Biologia Molecular
Possui uma pós Graduação em Gestão de Unidades de Saúde pela Universidade Católica Portuguesa. Foi Assistente de Patologia Geral e de Semiótica Laboratorial nos Cursos de Técnicos de Análises Clínicas e Curso de Médicos Dentistas do Instituto Egas Moniz.Exerce desde 2001 a sua atividade privada, sendo desde Julho de 2004 responsável pela gestão dos Laboratórios Cuf e Clínicas Cuf para a área de Patologia Clínica. Tem várias comunicações e publicações sobre assuntos da sua especialidade