Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A Vasculite é uma doença autoimune rara e a maioria dos seus sintomas é comum a outras doenças. No entanto, a persistência e a combinação de alguns sintomas, levam os médicos a suspeitar de Vasculite, que é confirmada com recurso à Medicina Laboratorial. Exames de sangue e de urina, integram a rotina de diagnóstico:
Estes exames laboratoriais são os principais no diagnóstico da Vasculite e os que todos os pacientes com a doença devem realizar periodicamente. Outras análises laboratoriais mais específicas devem ser requisitadas quando há suspeita de algum tipo particular de Vasculite, por exemplo anticorpos anti-citoplasma de neutrófilos (ANCA).
A Biópsia é dos exames mais importantes para o diagnóstico definitivo de Vasculite. É retirada uma amostra do tecido afetado (artéria temporal, pele, rim ou nervo) para observação microscópica e caracterização das alterações verificadas.
A inflamação e necrose da parede dos vasos sanguíneos, que distribuem o sangue pelo nosso organismo, é designada de Vasculite. Pode conduzir a diferentes graus de oclusão e lesão tissular. A Vasculite é uma doença autoimune, rara, cujas causas são desconhecidas. As mais frequentes em Portugal são a Arterite Temporal, as Vasculites Leucocitoclásticas Cutâneas e as Vasculites Secundárias.
As Vasculites são classificadas como primárias, quando são detetadas num paciente previamente saudável, ou secundárias, se surgirem num paciente com um quadro clínico prévio, como por ex. no caso do Lúpus Eritematoso Sistémico, na Artrite Reumatoide e no Síndrome de Sjögren.
As Vasculites são ainda classificadas consoante os vasos sanguíneos afetados:
As lesões causadas dependem do tamanho do vaso e do (s) órgão (s) afetado (s). Os pacientes com Vasculite apresentam geralmente sintomas como febre, fadiga, perda de apetite e de peso, dores musculares e articulares. A restante sintomatologia depende do órgão afetado: pele, articulações, trato respiratório superior e inferior, rins, trato gastrointestinal, olhos, cérebro e nervos.
Assim podem ser sintomas o aparecimentos de lesões cutâneas de cor púrpura, dores musculares, problemas digestivos, dores articulares, problemas nas vias urinárias por atingimento renal e problemas respiratórios, sintomas que podem ser encontrados noutras doenças, dificultando o diagnóstico preciso.
Sendo uma doença autoimune o diagnóstico precoce da Artrite Reumatoide é de extrema importância. Quando diagnosticada nos primeiros três a seis meses do seu curso clínico e tratada corretamente, atrasa-se a progressão da doença, evitando a incapacidade funcional e permitindo ao doente continuar a ter uma vida ativa e produtiva.
O diagnóstico da Artrite Reumatoide é geralmente baseado em critérios estabelecidos que incluem:
Para ser diagnosticado como tendo Artrite Reumatoide, um paciente precisa de preencher quatro ou mais critérios que segundo o American College of Rheumatology são:
A Artrite Reumatoide é uma doença autoimune sistémica, crónica e progressiva de etiologia ainda desconhecida.
O sistema imunitário tem como função a proteção do nosso organismo perante vírus, bactérias e fungos que provocam doenças e infeções. Os anticorpos são essa barreira protetora. Na Artrite Reumatoide, os anticorpos atacam as articulações e o revestimento do coração e pulmões do próprio organismo, numa resposta imunitária dirigida contra os próprios tecidos.
O surgimento desta doença resulta de uma interação complexa de múltiplos fatores genéticos, imunológicos e ambientais, cuja influência exata na origem da doença está ainda por determinar. Estima-se que em Portugal existam 40.000 casos clínicos, maioritariamente no sexo feminino.
As primeiras manifestações da doença são dores nas pequenas articulações das mãos e pés, com instalação progressiva de rigidez matinal e tumefação, com crescente incapacidade funcional. Pode também afetar os ombros, joelhos, cotovelos, ancas e coluna cervical e ser acompanhada de outros sintomas como febre baixa, fadiga, mal-estar geral, perda de apetite e de peso.
A Artrite Reumatoide apresenta como manifestação predominante o envolvimento repetido e crónico das estruturas articulares e periarticulares, podendo ser monoarticular (se envolver apenas uma articulação), oligoarticular (envolvendo duas ou três articulações) ou poliarticular (se envolver mais do que três). Pode ainda ser simétrica, a tipologia mais comum e envolve articulações de ambos os lados do corpo ou assimétrica.
A evolução da doença origina deformações graves nas pequenas articulações das mãos com dores constantes, e impedindo frequentemente a execução de simples tarefas diárias e incapacidade laboral. Em alguns casos a inflamação pode originar miocardite (inflamação do musculo do coração), pleurite (inflamação da pleura, membrana que envolve os pulmões), polineurite (inflamação de nervos) e a queratoconjuntivite (inflamação da conjuntiva e esclerótica dos olhos).
Quando não é diagnosticada e tratada precocemente, idealmente nos 3 meses desde o aparecimento dos sintomas, a Artrite Reumatoide aumenta a probabilidade de erosões ósseas e incapacidade funcional, reduzindo a qualidade de vida dos doentes.
Nos últimos anos, o tratamento da Artrite Reumatoide evoluiu significativamente, em consequência da sensibilidade e especificidade dos testes laboratoriais para a avaliação da actividade inflamatória, do conhecimento dos fatores de pior prognóstico, do uso precoce de fármacos antirreumáticos de ação lenta e do aparecimento de terapêutica combinada.
O sistema imunitário divide-se em duas categorias: imunidade inata e adquirida. O sistema imune inato é composto por um conjunto de proteínas e recetores primitivos que defendem e ajudam as células do sistema imune adquirido e é a primeira linha de defesa do organismo. É uma resposta rápida, não específica e limitada aos estímulos estranhos ao corpo, constituída por barreiras físicas, químicas e biológicas, células e moléculas e está presente em todos os indivíduos. Os componentes do sistema imunitário que participam na imunidade inata reagem de forma semelhante perante todas as substâncias estranhas e o reconhecimento dos antigénios não varia de pessoa para pessoa. O sistema imunitário adquirido aprende a responder a cada novo antigénio, sendo específico dos antigénios que o indivíduo encontra ao longo da vida.
As doenças autoimunes ocorrem quando o organismo produz uma resposta imunitária desapropriada contra os seus próprios tecidos. Com efeito, nestes casos, o sistema imunitário deixa de reconhecer um ou mais dos constituintes do organismo como sendo “do próprio” e inicia a produção de autoanticorpos, anticorpos que atacam as próprias células, tecidos e órgãos do indivíduo, provocando inflamação e dano tecidular. Os quadros clínicos são muitas vezes pouco específicos e o diagnóstico é o principal desafio, já que as doenças autoimunes podem ser confundidas com outras doenças.
A designação “autoimune” é aplicada a um largo espectro de doenças com diferentes etiopatogenias, mas que têm em comum muitos fatores que interagem de um modo ainda não totalmente esclarecido. Yehuda Shoenfeld e David Isenberg (1989 Immunology today) ilustraram a complexidade destas doenças, chamando-lhes o “mosaico da autoimunidade”, sublinhando que existem muitas peças dos mecanismos fisiopatológicos subjacentes aos processos humorais e celulares que contribuem para a autoimunidade e que são dependentes de fatores genéticos, hormonais, psicológicos e ambientais.
As doenças autoimunes são entidades complexas e multifatoriais, que atingem virtualmente todos os órgãos e sistemas, com uma assinatura única: a presença de um anticorpo ou de uma resposta celular que atue contra o “próprio”.
A característica comum às doenças autoimunes é o derradeiro mecanismo que envolve o desaparecimento da tolerância imunológica. A perda da autotolerância é um processo multifatorial do qual participam tanto fatores intrínsecos como extrínsecos. Causas intrínsecas estão relacionadas com características do próprio indivíduo, como polimorfismos de moléculas de histocompatibilidade, componentes da imunidade inata, componentes da imunidade adquirida como linfócitos e fatores hormonais, todos sob controlo genético. Fatores ambientais como infeções bacterianas e virais, exposição a agentes físicos e químicos, pesticidas e drogas, são exemplos de causas extrínsecas.
A autoimunidade pode resultar na destruição lenta das células, tecidos e órgãos com manifestações específicas conforme o órgão alvo.
Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa apoia o Encontro Nacional de Celíacos a realizar em Setúbal
O Grupo Germano de Sousa referência nacional de qualidade, rigor e inovação na área de análises clínicas vai apoiar a realização do 41º encontro de Celíacos promovido pela APC - Associação Portuguesa de celíacos que se realizará no próximo dia 21 de Março no Hotel do Sado, em Setúbal.
O Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa tem apostado no desenvolvimento científico e tecnológico de forma a estar sempre na linha da frente do diagnóstico laboratorial, nomeadamente através dos seus núcleos de excelência, com particular incidência nas doenças Autoimunes de onde se destaca e assume particular relevância a Doença Celíaca
Para além dos aspetos médico laboratoriais o Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa, com 200 postos de colheita em todo o país, possui uma rede que cobre todo o Distrito de Setúbal, assegurando assim maior e melhor oferta de serviços a toda a população na região.
O Distrito de Setúbal dispõe atualmente de uma excelente oferta na área das análises clínicas e vê reforçada a sua oferta na área da saúde, uma vez que todas as localidades do distrito nomeadamente Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal, possuem postos de colheita, sob a orientação clínica do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa.
Desta forma a realização deste Encontro Nacional de Celíacos em Setúbal vem ao encontro da política de proximidade que o Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa realizou no distrito, na área das análises clínicas, onde a presença dos postos vem trazer mais qualidade e rigor na realização dos exames laboratoriais.
Dada a sua especialização laboratorial para efetuar o despiste e o diagnóstico da Doença Celíaca, bem como a sua implantação na região, constituem razão social do apoio do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa ao Encontro de Celíacos, em Setúbal, numa politica de contributo do Grupo Germano de Sousa para a saúde em Portugal através da sua ação de prevenção, na verificação dos riscos para o doente ou para a saúde pública, numa postura de proximidade às populações.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.