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As Doenças Cardiovasculares afetam o sistema cardiovascular, composto pelo coração e vasos sanguíneos, incluindo as artérias, veias e vasos capilares e são a principal causa de morte em Portugal. Existem diferentes tipologias de doenças cardiovasculares, sendo as mais frequentes a aterosclerose, as arritmias, a cardiomiopatia e a hipertensão arterial. As mais graves são as que afetam as artérias coronárias e as artérias do cérebro.
Na sua origem estão depósitos irregulares de gordura que se desenvolvem nas paredes das artérias, impedindo a normal circulação sanguínea no seu interior e a correta irrigação do coração. Assiste-se assim a uma insuficiência das artérias coronárias, os vasos sanguíneos encarregues de irrigar o coração, de proporcionarem ao músculo cardíaco, o miocárdio, os nutrientes e o oxigénio de que este necessita na sua atividade regular. A falta de oxigenação dos tecidos pode originar um enfarte. Nos casos clínicos de enfarte do miocárdio e de angina de peito, os depósitos de gordura surgem nas artérias coronárias, já nas situações clínicas de acidente vascular cerebral surgem nas artérias do cérebro.
A prevalência das Doenças Cardiovasculares causa impacto ao nível social, e económico, realçando a necessidade constante de prevenção destas doenças junto da população.
O nosso comportamento pode evitar e controlar a maioria das doenças cardiovasculares. É muito importante controlarmos um conjunto de fatores de risco como a hipertensão arterial, níveis de açúcar no sangue, níveis de colesterol e triglicerídeos, redução do consumo do sal, evitar a ingestão de bebidas alcoólicas e hábitos tabágicos, manter uma alimentação saudável e recorrer à prática de exercício físico.
Existem outros fatores de risco para o desenvolvimento das Doenças Cardiovasculares, estes não modificáveis, como o sexo, a idade e a genética, onde perante o histórico familiar destas doenças existe uma maior predisposição do paciente para o desenvolvimento das mesmas.
A bexiga é um órgão oco e distensível que integra o sistema urinário. Está ligada aos rins pelos ureteres e a sua função é armazenar a urina produzida, até que esta seja eliminada para o exterior através da uretra.
O carcinoma da bexiga tem geralmente origem nas células de revestimento da bexiga, isto é, no urotélio e é a décima tipologia de cancro mais diagnosticada no Mundo.
O consumo de tabaco é o principal fator de risco para o desenvolvimento deste carcinoma. Os fumadores apresentam três vezes mais probabilidade de vir a desenvolver cancro da bexiga, em comparação com os não-fumadores, uma vez que o fumo do tabaco tem substâncias tóxicas que são processadas pelo corpo e chegam à bexiga através da urina. Podem ser apontados como outros fatores de risco a exposição a alguns compostos químicos, o sexo e a idade, bem como a genética e antecedentes familiares. Os homens apresentam um risco maior de desenvolver cancro da bexiga comparativamente às mulheres e a probabilidade de desenvolver a doença aumenta com a idade, sendo que os dados existentes apontam para que mais de 70% dos pacientes afetadas por esta tipologia de cancro têm idade superior a 65 anos. Indivíduos com familiares com cancro da bexiga apresentam um risco superior de o desenvolver. Do mesmo modo, determinadas síndromes genéticas como retinoblastoma (mutação do gene RB1), doença de Cowden (mutação do gene PTEN), ou síndrome de Lynch têm sido associadas ao cancro da bexiga.
A doença pode ser dividida em dois subtipos, atendendo à sua capacidade de invasão ou de infiltração para outros tecidos: Cancro da Bexiga Não-Músculo Invasivo (NMIBC), em que o tumor permanece na camada mais interna do epitélio de transição, sem crescer para as camadas mais profundas e Cancro da Bexiga Músculo Invasivo (MIBC), em que o tumor desenvolve-se para camadas mais profundas da bexiga, afetando a lâmina própria (carcinoma invasivo que não compromete a camada muscular), ou em alternativa pode invadir a camada seguinte mais profunda, a musculatura (carcinoma com invasão muscular). Este tipo de cancro é potencialmente mais agressivo e propaga-se frequentemente para outros tecidos ou órgãos do corpo (metástases).
O carcinoma da bexiga não-músculo invasivo não invade a musculatura própria da bexiga. A principal sintomatologia é a hematúria ou sangramento na urina, ocorrendo em 50% a 80% dos casos clínicos. No início do diagnóstico aproximadamente 75% dos pacientes apresentam-se com uma doença confinada à mucosa e submucosa. Apesar destes tumores, geralmente, não representarem uma ameaça à vida dos doentes, este tipo de cancros tem uma alta prevalência devido à grande sobrevivência a longo prazo, comparativamente com tumores musculo-invasivos.
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