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Teste de Coombs como parte integrante da rotina Pré-Natal

por Laboratórios Germano de Sousa, em 22.01.16

O teste de Coombs, direto e indireto, integra a rotina Pré-Natal. O teste de Coombs direto visa detetar anticorpos ligados à superfície dos eritrócitos e é mais usado na investigação das anemias hemolíticas imunes. O teste de Coombs indireto permite detetar a presença de anticorpos livres (não ligados), dirigidos contra os eritrócitos, no plasma sanguíneo e é usado no diagnóstico pré-natal e para testar o sangue antes de uma transfusão sanguínea.

Durante a gravidez, o tecido que separa os vasos da placenta, onde circula o sangue do feto, do espaço onde circula o sangue materno, vai diminuindo de espessura permitindo trocas de sangue entre mãe e feto. Quando existe incompatibilidade entre o tipo de sangue (principalmente, grupos ABO ou RH) da mãe e do feto podem-se desenvolver complicações para o feto, como a doença hemolítica perinatal, situação responsável por uma morbilidade e mortalidade perinatal significativa. Esta resulta da passagem placentária de eritrócitos fetais para a circulação materna, portadores de antigénios de superfície diferentes dos maternos, geralmente de origem paterna. Quando existe uma das incompatibilidades possíveis (a mãe é RH negativo e o feto RH positivo ou a mãe é O e o feto é A ou B), os glóbulos vermelhos da mãe e do feto possuem antigénios de superfície diferentes. Os glóbulos vermelhos do recém-nascido são destruídos por anticorpos que atravessaram a placenta a partir do sangue materno e alcançam a circulação sanguínea do feto, atacando e destruindo os glóbulos vermelhos fetais, provocando anemia, entre outras complicações.

O teste de Coombs indireto permite assim determinar se, em algum momento, a mãe produz anticorpos contra o feto. Realizado a partir de uma colheita de sangue venoso do antebraço da mãe, vai detectar a presença no soro de anticorpos antieritrocitários, nomeadamente anti-D, mas também de outros anticorpos antieritrocitários que, apesar de muito raros, podem originar quadros de doença hemolítica perinatal.

Um resultado positivo do teste de Coombs indireto indica isoimunização (nomeadamente, incompatibilidade Rh com o feto), estando assim em circulação anticorpos contra os glóbulos vermelhos fetais e podendo o feto desenvolver a doença hemolítica perinatal. Estes casos requerem acompanhamento especializado durante toda a gestação. Estudos realizados consideraram que a administração de Imunoglobulina (Ig) anti-D às 28 semanas de gestação em mulheres Rh negativo é uma intervenção eficaz na prevenção da doença hemolítica perinatal, reduzindo o risco de isoimunização de 2 para 0,1%.

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publicado às 16:50



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Médico Responsável:Dr. José Germano de Sousa

germano Nasceu em Lisboa em 1972. É Médico pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa desde 1997. Fez os seus Internatos no Hospital dos Capuchos (Internato Geral) e no Hospital Fernando Fonseca (Internato da Especialidade). É especialista em Patologia Clínica pela Ordem dos Médicos desde 2001 e é atualmente Assistente Graduado de Patologia Clínica do Serviço Patologia Clínica do Hospital Fernando Fonseca (Amadora Sintra) onde é o chefe da secção de Biologia Molecular Possui uma pós Graduação em Gestão de Unidades de Saúde pela Universidade Católica Portuguesa. Foi Assistente de Patologia Geral e de Semiótica Laboratorial nos Cursos de Técnicos de Análises Clínicas e Curso de Médicos Dentistas do Instituto Egas Moniz.Exerce desde 2001 a sua atividade privada, sendo desde Julho de 2004 responsável pela gestão dos Laboratórios Cuf e Clínicas Cuf para a área de Patologia Clínica. Tem várias comunicações e publicações sobre assuntos da sua especialidade


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